O que são os Transgénicos?

Os organismos geneticamente modificados (OGMs ou transgénicos) são organismos produzidos por meio da transferência de genes de um ser vivo para outro, geralmente de espécies diferentes. Por exemplo, um peixe que recebe características de porco ou a soja que recebe genes de vírus, bactérias ou outros organismos.

Durante milhares de anos o Homem foi intuitivamente seleccionando, para uso diverso, plantas que apresentassem maior rendimento, maior resistência a pragas e melhor qualidade. A domesticação das primeiras plantas terá ocorrido há cerca de 12 000 anos e, desde então, a mão humana selecciona, cruza e selecciona novamente, numa actividade incessante de melhoramento genético, que deu origem às variedades de cultivo actuais, as quais se tornaram praticamente irreconhecíveis em relação às plantas ancestrais. Um exemplo desta prática, nas últimas décadas, é o melhoramento de variedades de trigo, arroz, milho e soja com alto rendimento agrícola, capazes de alimentar uma população mundial crescente e urbanizada.

Porém, actualmente, as técnicas de melhoramento clássico não conseguem fazer muitos cruzamentos essenciais. Por isso, a engenharia genética constitui um novo método de modificação genética. Pelos métodos de engenharia genética pode-se transferir um ou mais genes de um organismo para uma planta, conferindo-lhe determinada(s) característica(s). O tempo necessário para obter uma nova variedade de planta por técnicas de cruzamento é de 10 a 15 anos; através da engenharia genética este tempo é reduzido uma vez que se introduz apenas o(s) gene(s) pretendido(s).

E quais as vantagens e desvantagens?
Os OMG têm várias vantagens, tais como: a planta pode resistir ao ataque de insectos, seca ou geada, isso garante estabilidade dos preços e custos de produção. Um microrganismo geneticamente modificado produz enzimas usadas na fabricação de queijos e pães o que reduz o preço destes produtos. Sem falar ainda que aumenta o grau de pureza e a especificidade do produto e permite maior flexibilidade para as indústrias; Possibilita o fim da fome no mundo, entre outras…

Mas também têm desvantagens, como possíveis efeitos cancerígenos (não comprovado); efeitos alérgicos; redução da eficácia de medicamentos (resistência a antibióticos); diminuição da qualidade nutritiva (possível aumento das toxinas e redução dos níveis de certos nutrientes); prováveis modificações no metabolismo.
Para concluir deve-se continuar as investigações sobre estes alimentos para salvaguardar os interesses humanos e ambientais (saber com maior detalhe quais os riscos que podem advir do consumo e utilização destes alimentos, para assim avaliá-los e contorná-los), informar melhor o público sobre as várias questões que envolvem este assunto, para que possam ter uma opinião mais bem formada. E em caso de superação de todos os obstáculos referidos anteriormente, aceder a uma vida mais saudável, um ambiente menos poluído e ainda a possibilidade de extinguir a fome nos países sub-desenvolvidos.

Artigo formado no âmbito da disciplina de A.P., publicado brevemente no jurnal da escola.
Do grupo: “Genética e Transgénicos”

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